quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Porque esta cidade é uma caixinha de surpresas

Em pleno inverno, faz um calor tão grande, que andando na rua tive que parar e comprar uma camisa de alças, para minha pressão não baixar mais. A secura era comaprada a de um deserto. Redemoinho de poeira, falta de água nos parques e gente tomando sol nas áreas verdes era como se estivesse vivendo um forte verão no Saara. Na primavera, as árvores estão com as folhas caindo, como numa troca de estação, mas os termômetros marcam 10º, apesar da sensação térmica, ser de 8º, por causa do vento. Então, o que levar na mochila quando a previsão é chuva fraca e passageira, com sol predominando e uma pequena queda de temperatura à noite?! Eu acabo levando tudo! Guarda-chuva, casaco, echarpe, camisa sem manga, camisa de manga, água, tudo! Porque a pequena queda de temperatura à noite, me faz bater os dentes, mas o sol predominando pela manhã me faz suar como se estivesse num cuzcuzeiro!

Mas não é só o tempo que fica louco, o trânsito também não se comenta... O caminho que faço para voltar para casa, é até bonito. Posso apreciar a arquitetura da cidade. Passo pela Estação da Luz, Pinacoteca, a antiga estação de trem... no pôr do sol então, a vista fica mais bonita Mas, quando qualquer coisa pára aqui, mesmo que seja apenas um semáforo, tudo pára. O percurso para casa, com engarrafamento leva 1hora. Hoje levei 2h! E o trânsito aqui é como um bicho. Você olha e ele a princípio não te incomoda. Mas, o tempo vai passando e o bicho vai lhe olhando e quanto mais o tempo passa, mais o cansaço bate e o bicho parece que vai se tornando maior e vc vai se deixando abater pelo cansaço. E quando os ombros se elevam, o bicho lhe pega pela espinha até o rabo. Não há como combatê-lo... Levei tempo para ter coragem de dirigir em SP, por causa do trânsito, o tão famoso trânsito. Hoje, apenas hj ele foi real para mim.  Justo hj qd comentava com uma amiga q preferia passar uma hora no carro com som e ar ligado, do que vinte no metrô lotado, abafado, sem ar, com o suvaco e a genitália alheia colada em meu corpo, para depois experienciar duas horas no ônibus, numa situação muito parecida ao metrô! Então, só me resta colar na mochila o bottom, metrô lotado, eu FUI. Trânsito louco, eu FUI!

Eu gosto de surpresas, mas daquelas boas. A cidade tb me deu dessas. Mas, eu sei que quero mais! Porque quando o doce é bom, a gente só consegue pedir mais e deixa as outras surpresas não tão agradáveis para lá!

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