quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quem não se comunica...


Estou tendo várias " trumbicações" recentemente. Escrevo um mail aqui, recebo a notícia que devo corrigi-lo só depois de tê-lo enviado. Me dizem para ir para Itapuã, mas era pra ter ido para nazaré. Em Nazaré, me dizem que tinha que ter ido para Saúde! Ai, cadê minha saúde para tanta falta de comunicação?! Agora é a vez do banco, me mandam dois cartões iguais! É, como diria o velho guerreiro, quem não se comunica, se trumbica!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Luz sob o Invisível


Ouvi uma reportagem na Tv sobre as pessoas invisíveis. E hoje me senti invisível. Quase fui atropelada na rua por uma senhorita que saía do estacionamento. Pensei: "será que esta senhorita não me enxerga?!" E, de repente, a reportagem do ser invisível fez sentido. As pessoas já não se olham no olhos, sentem medo da agressividade do outro, ou de excitar (incitar) a agressividade no outro. Aqui, em SP, isto me pareceu ainda mais forte. As pessoas no metrô me pareceram estar sempre exaustas, cansadas demais para tentar qualquer comunicação ou tristes demais e, qum sabe, até um pouco frustradas para tal. Aqui em Sampa, vejo de forma mais clara que em Salvador, um movimento de voltar-se para suas conchas, de encerrarem-se em suas casas e de lá, do lugar seguro assistirem tudo, sob olhos imaginativos, talvez um pouco influenciados pela TV. Porque ali, no estrito espaço que chamam de lar, se identificam no espelho de seus quartos, de seus lavabos e se enganam tentando crer que não precisam ser identificados por mais ninguém. Aprendi que ninguém é uma ilha e todos, sem excessão, estão loucos para serem reconhecidos, vistos! Seja no trabalho - talvez por isto hajam tantos workaholics... - no caminho que traçam nas suas vidas, seja ele físico ou não, por suas famílias, por mais que distantes... Ninguém é uma ilha e ser visto e identificado mesmo que seja na carteira que lhe dá identidade é tão fundamental quanto ganhar de presente um olhar que convida, um olhar que sorri, que lhe pede um carinho ou lhe agradece uma gentileza, ainda mais quando nos sentimos tão apagados, que já não conseguimos nos ver tão bem e nos sentimos no escuro. Assisti a um episódio de Sex and the City em que uma das mulheres - Samanta - a que era avessa a grandes intimidades na relação, sentia que seu atual parceiro podia vê-la, mesmo quando ela mesma não conseguia enxergar-se, pois estava no escuro. E, acho que é isto! Acho que precisamos muito sermos vistos, principalmente, quando estamos no escuro. Alguém pode, por favor, acender a luz do mundo?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Novo


Dia 31/12/2008, chegamos na praça de Miguel Calmon às 22:30. Levamos as crianças para o parque e, de repente, o cantor de um palco improvisado grita no microfone: feliz ano novo! E meu ano novo começou assim... meio mais ou menos... Chego em casa no dia 06/01/09 para encontrá-la detonada. Recebo no dia seguinte um mail informando sobre o fim do contrato de aluguel de um imóvel e outro, dizendo que segunda era o último dia para realizar meu teste demissional. Nossa, não vi os fogos de artifício estourando na minha cabeça, não era pra terem estourado só no céu?! Depois de chorar minha tristeza, reorganizar a casa, o armário e algumas outras coisas, me dei conta que a vida estava me empurrando para novos começos, me levando a optar pelas alternativas que já havia escolhido para mim desde o ano passado. Mas quando elas vieram, nossa, que impacto, que medo. Percebi que podia encolher e continuar só chorando, presa na tristeza das perdas. Foi aí que sorri! Meus desejos estavam sendo atendidos muito antes do esperado e se para conquistá-los precisava abrir mão do vellho, que assim fosse, que assim seja! Que venha o novo!