sexta-feira, 11 de junho de 2010

South Africa




Engraçado como a África de forma geral nunca fez parte do mapa, à exceção da época da escravatura, quando esta região tornou-se interessante, a África nunca passou de exemplo do tripé da discrimanação: negra, pobre, selvagem. Nem mesmo com a globalização, a bichinha conseguiu emplacar: O mundo está em crise - a África sempre esteve! - o mundo está em guerra - a mãe negra nunca soube o que era paz, mesmo sem o uso de mísseis e de toda tecnologia americana - o mundo globalizou-se - o continente africano nunca sequer pareceu fazer parte dele, nem como subdesenvolvido, que dirá como pqaís em desenvolvimento. Então, chegou a Copa e a África logrou sediar o evento. E o que vi na TV me deixou pasma! A África do Sul conseguiu esfregar na cara de todos, o que ninguém queria ver: a discriminação explícita, dentro e fora do local, a desumanidade, as condições subhumanas, as doenças, a fome, a guerra, a violência, a pobreza, a falta de paz. Mas, estas coisas todas não seriam o retrato do mundo, tudo o que o mundo gostaria de esconder (e esconde até onde pode?). Mas, acostumada que estou com tudo isto, afinal, esta imagem é comum na Europa e nas Américas, a realidade não me tocou tanto, quanto ver a capacidade de superação da criatividade. Minha gente, este é um povo que não pára de sorrir (como na BA!), é um povo sofrido, tão plural e tão diverso, que se sentarmos uma tarde em volta da fogueira, teremos um banho de estórias, de danças, de cantos, de músicas, de instrumentos, de pessoas. Que bonito ver a variedade, que bonito ver a imensidão cultural que é a África e para isto, eu dou um SALVE! Porque esta, para mim, é outra lição da África do Sul, ela é tudo o que não se deseja e, apesar disto, é tudo o que todos desejam ser e ter! Minha reverência à África e a toda a sua grandeza!