domingo, 27 de maio de 2012

Agradecer

Hoje é dia de agradecer.
Percebi que passar a vida se queixando é fácil. Afinal, todo mundo tem alguma queixa, de algum problema sério ou não. Mas como problemas todo mundo tem, percebi que o mais importante na vida se resume a três coisas: você, seus amigos e sua família.
Sem eles os problemas seriam maiores e mais pesados.
O olhar que sustenta o seu, o abraço, a mão, o colchão que suaviza a queda, quando a mão não é o suficiente, o conselho, a conversa que se guarda e aquela que se joga fora, o chocolate, a cerveja, o vinho, o cigarro, a risada, tudo isso, faz qualquer coisa se tornar efetivamente transitória, a certeza de que não estamos só, que se falta uma perna, ainda se tem dois pés do tripé de quem se é.
É com eles que se descobre a liberdade de ser quem se quer, no momento que se quer. De mudar de fase, de ares, de piada e ainda manter-se fiel as raízes...Isso, para mim, é pura poesia!
Por isso hoje, tirei o dia para agradecer, aos meus pais, Sérgio e Magda, a minha irmã, Carla, ao meu namorado, Marcos e as minhas amigas fiéis, que estão lá, até quando digo que não preciso delas: Ana, Cris, Dan, Iara, Jo, Lua, Malara, Myla, Tati – porque cada uma dessas pessoas ocupa um lugar sagrado em mim e me tornam mais sagrada!
Obrigada J

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fim de ciclos

Na lavoura, depois da colheita, é necessário esperar um tempo para realizar um novo plantio. Isso se dá para que o solo tenha força, nutrientes suficientes, para ofertar frutos nos tamanhos e condições adequadas. Esse momento é como uma pausa. Um tempo em que nada acontece, um tempo de espera, conhecido como entresafra.

Me vejo e me sinto, fechando um ciclo, em plena entresafra. Mesmo sabendo que novas sementes vêm por aí, esse momento de espera, onde muito pouco acontece, me parece um convite de da rainha de alice - no país das maravilhas - para cortar fora a cabeça. Só não a corto fora, porque acho que um dia ainda precisarei dela e, creio que não terei possibilidade de troca se o produto estiver avariado.... Manter a cabeça no lugar nesses momentos me parece pura arte, dessas destinadas para os seres elevados - alguém por favor me puxe para cima!

Enquanto uma parte de mim acredita, a outra, desconfia. Enquanto uma diz escreva, a outra, grita, apague! Devaneios de quem está na entresafra, torcendo para que o próximo plantio seja pleno, próspero, rico o suficiente para nutrir essa terra, que está sendo levada pelo vento e se perdendo no pó.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Looking back at myself

Looking at us today, looking at myself, I realise, it´s not important how beautiful you are, how beautifiul you were ou weren´t, how intellingent, how interesting, or how high self steem was or how low it was, how much it kept you confused if you were a good girl, a bad girl, a hot one or a disgusting one. Looking at us now, it´s really clear that we´ve managed to survive everything, even ourselves. Today we found someone, we are with someones who we love, who we care about, not important that we´ve tried to destroy ourselves with everthing: drugs, self abuse, violent sex, too much sex, whatever. We survived and that´s how we built our self steem, how we got to know ourselves and how we managed to be beautiful. 

PS: Special thanks for Cris Oliveira, a loving and caring friend and a wonderful teacher, who corrected this text for me.

domingo, 13 de maio de 2012

Clássicos

Se há algo que sempre me emociona são os clássicos. E não falo dos filmes clássicos, falo dos jogos dos campeonatos estaduais. Sendo da Bahia, falo, com mais propriedade do clássico, Ba x Vi. Eu que não assisto aos jogos, que não torço por time algum, que sequer tenho idéia da chamada tabela, quem sobe e quem desce. Eu, que vejo tudo de fora, me emociono. A concentração dos torcedores que emudece a cidade, seguida do som ocasional de fogos de artifícios e, finalmente, a explosão, de gritos, buzinas, fogos, alegria. Ouvir uma rua inteira gritar goooolllll, ou ver os profissionais, como seguranças, manobristas, caixas de supermercados, enfim, todos aqueles que estão na rua, não tem Tv e não podem acompanhar o clássico, grudados no radinho, vibrando a cada lance e explodindo em uníssono num gol...é, no mínimo, efusiante. O que me emociona não é o jogo, é a energia que as pessoas colocam nele. É o amor, gritado, sem a menor vergonha, das janelas dos edifícios, é a declaração explícita de amor que me encanta. E são homens e mulheres que observam, emudecem, gritam, choram, vibram, juntos. É esse amor histérico que me faz as lágrimas escorrerem. É realmente como ver um filme clássico de romance, onde, no final, o difícil mesmo é conter as lágrimas.