terça-feira, 26 de julho de 2011

Paz e Amor




Hoje assistia ao noticiário na TV, quando saiu uma reportagem sobre uma manifestação pública e pacífica de todos os noruegueses que foram as ruas com flores nas mãos para declarar seu repúdio ao insano que saiu matando todo mundo a troco de nada e para dizer para o mundo que o amor não tem fronteiras. Mesmo que tudo hoje em dia tenha se tornado clichê ou bem próximo disso, mesmo quando tudo e nada faz sentido, ainda me emociono quando vejo uma manifestação pública de amor, seja ele(a) o próximo mais próximo ou o próximo mais distante. Creio que só pelo amor, só pelo bem é que podemos encontrar o paraíso em vida, em nossa vida. Que siga havendo no mundo a paz e o amor, como diriam os que nunca deixaram de crer nisso e até os que já deixaram, mas ainda assim disseminaram ambos no woodstock!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Amor louco



Outro dia estava na praia, tomando um banho de mar gostoso, com um sol bonito, e aquele céu azulão pintado de nuvens brancas, quando entra um casal na água. Ela alta, negra, cabelos cortados bem rente e magra pelo uso excessivo de crack. Ele da mesma altura que ela, branco, cabelos compridos, olhos verdes e magro, pela mesma razão que ela. Nossa! A moça era só alegria. Tudo para ela era lindo! Ela olhava para ele com olhos orgulhosos e gulosos e se jogava no mar, fingindo se afundar em amor. E ele, respondia aos risos, a resgatando, cauteloso. Mais tarde na praça, olha eles lá, despreocupados, andando abraçados, agarrados, parando sob um teto protegido só para acender um cigarro de crack e fumar a sós. Achei aquilo tudo tão poético! Um amor de loucos um pelo outro e pela droga, cola de ligação entre ambos. Num mundo onde o amor tornou-se estilizado, o romance virou clichê. Mais ainda, numa Bahia, onde os homens são tão descarados que as mulheres já entram na relação com medo, cheia de precauções, esperando o momento da traição, desconfiando dos passos, dos olhares, das saídas (e na maioria das vezes, com razão!), o que por si só, diminui a capacidade de entregar-se para o escuro que é esse outro que inspira amor; ver aqueles dois se entregando um ao outro umas vezes sem demora, noutras com urgência, sem se importar com o público, apenas com a paisagem, foi tão inspirador, que desejei eu viver um amor louco, sem o crack, é claro!