quarta-feira, 10 de junho de 2009

Contando estórias


Tudo começou quando ainda menina, sentava, atenta, no chão para ouvir as estórias de meu pai. Mais tarde, eram as estórias da minha irmã, que se misturavam as estórias de Ziraldo, Jorge Amado, Clarice Linspector e tantos outros autores. Quando completei 31 anos, ganhei um livro de estórias, chamado Mulheres que correm com os lobos. E, neste mesmo ano, vieram para Bahia os Tapetes Contadores de Histórias com suas técnicas de contação (as estórias eram tão mágicas, que decidi participar do curso). Nunca achei que fosse boa contadora, inclusive porque não sei o que fazer quando olho em volto e vejo olhos atentos em mim, mas, resolvi arriscar. A primeira vez, foi num rompante, numa mistura de revolta e medo, lá mesmo com os tapetes, a segunda, foi para meus alunos e os alunos dos outros grupos, a terceira foi do mesmo jeito e, assim, foi a quarta e a quinta. Nunca me sinto confortável, sempre fico gelada, com o coração aos pulos, mas sempre acabo sendo convidada a contar uma estória e sempre acabao fazendo. Percebi que as crianças aprendem mais quando a aula é uma estória e qua alguns adultos também, sei que eu aprendo mais quando é uma estória e, logo escuto na cabeça, um mote do Castelo Ra tim bum: "senta que lá vem história!" E vou seguindo, contando estórias por aí...

Um comentário:

anaÊ disse...

Oi, menina!

Veja, existem alguns grupos de contação em Salvador. Conheci uma mulher, Ana Luiza, que é metida com isso. Ela até apresentou no teatro Gamboa ano passado.

Vai o email para contato: analu.za@gmail.com

bjs