segunda-feira, 2 de março de 2009

MUDANÇAS


Ainda ontem assistia a um programa de TV que trazia a clara mudança visual de personalidades da mídia. E fiquei pensando no quanto uma pequena mudança interna pode refletir na forma como nos vêem e nos vemos externamente, ou vice-versa. Acredito que sempre que passamos por fortes mudanças, independente do tamanho, reagimos com um, igualmente forte, desejo de uma mudança externa. Um corte de cabelo, uma nova cor para as madeixas, um novo par de sapatos, um vestido novo, uma depilação nova. Enfim, creio que um pequeno ajuste de foco, nos leva a querer experimentar a vida de uma outra maneira, e, conseqüentemente, a experimentar coisas novas. Eu, mais taurina do que nunca, me vejo querendo comer coisas que nunca comi, beber drinques para os quais sempre fiz careta... Porque, como me explicava uma amiga, taurinos são assim, vão sempre aos mesmos restaurantes, pedem sempre o mesmo prato, têm uma rotina sempre bem controlada. E eu, que sempre achei isto a maior caretice, me vejo fazendo estas coisas, disfarçadamente desde criança. Desde a chegada dos trinta (e viva os 30!), me vejo querendo experimentar o novo e tenho tido como reflexo, uma nova forma de comportamento, uma nova verborréia, com menos palavrões e gírias, com menos necessidade de ser engraçada ou de ser cabeça ou conselheira...Enfim, mudanças por mais doloridas que sejam, acabam sempre sendo gratificantes, por mais que na hora que o caminhão passe por cima do nosso dedão, a única resposta lúcida por 3 meses seja praguejar, os outros 9 meses, serão de pura descoberta de novas vias de pensamento e de consciência, afinal, como prega a física quântica, somos pura energia, e atraímos para nós mesmos aquilo que queremos, mesmo que a princípio, a atração pareça ser fatal. Creio que a cada morte, como na história do gavião (que se choca contra o rochedo até quebrar o bico e arranca com os próprios dentes as unhas), renasçamos outros, diferentes, melhores, com menos necessidade de nos machucarmos, com menos gosto por roer as unhas, com mais vontade gavião de viver e renascer a cada ano. Como o sol ou a lua que renascem a cada dia e não sofrem por isto, porque, se pararmos pra pensar, é justo o que acontece conosco, renascemos a cada dia, diferentes.

Um comentário:

Cris O disse...

Com certeza!! E viva as mudancas. Seus texto, assim como vc, sao lindos!!! E acho que isso nao vai mudar nunca... Beijos